Racionalismo
vb. criado em 09/07/2013, 21h10m.
>> Roteiro de estudo de filosofia: ant.: Empirismo, próx.: Monismo; opõe-se a Empirismo. V. Filosofia, quadro de oposições fundamentais.
Opondo-se ao Empirismo, o ^ sustenta a racionalidade do mundo natural e do mundo humano, postula a identidade do pensamento e do ser, sustenta que a razão é a unidade do mundo e do espírito, o fundamento substancial tanto da consciência quanto do exterior e da natureza [3].
É fruto da fé na capacidade do intelecto humano para isolar a essência no real, e da convicção de que a razão constitui o instrumento fundamental para a compreensão do mundo. Sua premissa: a ordem interna do universo tem caráter racional. Descartes, 1637, Discurso sobre o método [2].
Para Descartes, todo conhecimento procede de idéias inatas que correspondem aos fundamentos racionais da realidade. Razão cartesiana, lógico-matemática.
Cultua o Logos (razão, etimologicamente), que indica o discurso coerente, compreensível e universalmente válido, e o que esse discurso revela, os princípios daquilo que “é” verdadeiramente.
Vertentes: a) ou racionalismo psicológico: Hierarquia de valores entre as faculdades psíquicas. b) Racionalismo gnoseológico: só a razão é capaz de propiciar o conhecimento adequado do real. c) Racionalismo ontológico ou metafísico.
Racionalismo psicológico ou Intelectualismo: primado da razão em relação ao sentimento e à vontade. As duas faculdades especificamente humanas são a vontade e a inteligência ou razão. Mas a vontade ou capacidade de querer é faculdade cega, cujas operações dependem da inteligência que, por definição, é a capacidade de iluminar e de ver. As filosofias intelectualistas opõem-se às filosofias voluntaristas e sensualistas.
Racionalismo gnosiológico ou epistemológico. A razão é a única faculdade capaz de propiciar o conhecimento adequado da realidade, por ver as coisas em suas articulações ou interdependência. Pressuposto: o pensamento coincide com o ser; sem concordância entre a estrutura da razão e a estrutura análoga do real este seria incognoscível.
Racionalismo metafísico ou ontológico: a razão é a essência do real, tanto natural quanto histórico. Enfoca a questão do ser, pois o ser está implicado no pensamento do ser. O conhecimento, ao se distinguir da produção e da criação de objetos, implica a possibilidade de reproduzir o real no pensamento, sem alterá-lo ou modificá-lo.
Racionalismo psicológico ou Intelectualismo: primado da razão em relação ao sentimento e à vontade. As duas faculdades especificamente humanas são a vontade e a inteligência ou razão. Mas a vontade ou capacidade de querer é faculdade cega, cujas operações dependem da inteligência que, por definição, é a capacidade de iluminar e de ver. As filosofias intelectualistas opõem-se às filosofias voluntaristas e sensualistas.
Racionalismo gnosiológico ou epistemológico. A razão é a única faculdade capaz de propiciar o conhecimento adequado da realidade, por ver as coisas em suas articulações ou interdependência. Pressuposto: o pensamento coincide com o ser; sem concordância entre a estrutura da razão e a estrutura análoga do real este seria incognoscível.
Racionalismo metafísico ou ontológico: a razão é a essência do real, tanto natural quanto histórico. Enfoca a questão do ser, pois o ser está implicado no pensamento do ser. O conhecimento, ao se distinguir da produção e da criação de objetos, implica a possibilidade de reproduzir o real no pensamento, sem alterá-lo ou modificá-lo.
comentários:
Strathern diz que Descartes, ao duvidar de tudo, menos da própria existência, reduziu o conhecimento humano, pela via racionalista, a essa única certeza. Hume, Locke e Berkeley terminaram a demolição pelo lado empirista, ao dizerem que tudo que experimentamos é uma mistura de sensações sem nenhuma validade filosófica. Foi esse absurdo que despertou Kant do seu “sono dogmático” [5].
Em T2013p se diz que empirismo e racionalismo são duas vertentes do racionalismo, porque ambos comungam da ideia da razão humana substituindo a fé como critério para explicação do mundo. Haveria, assim, um racionalismo subdidivido em (a) racionalismo puro (aqui chamado apenas racionalismo) e (b) racionalismo empirista (que aqui é tratado por empirismo).
Strathern diz que Descartes, ao duvidar de tudo, menos da própria existência, reduziu o conhecimento humano, pela via racionalista, a essa única certeza. Hume, Locke e Berkeley terminaram a demolição pelo lado empirista, ao dizerem que tudo que experimentamos é uma mistura de sensações sem nenhuma validade filosófica. Foi esse absurdo que despertou Kant do seu “sono dogmático” [5].
Em T2013p se diz que empirismo e racionalismo são duas vertentes do racionalismo, porque ambos comungam da ideia da razão humana substituindo a fé como critério para explicação do mundo. Haveria, assim, um racionalismo subdidivido em (a) racionalismo puro (aqui chamado apenas racionalismo) e (b) racionalismo empirista (que aqui é tratado por empirismo).
Notas e adendos:
[1] Atribui o conceito de ideias inatas aos pitagóricos /Pitagorismo/ e a Sócrates: A2014m.
[2] Isto eu não entendi: Descartes “usou cera para mostrar que os nossos sentidos dependem apenas da ideia de propriedades, e não de ideias de objetos” (f.: A2014m 154).
[3] f. pr.: G99e.
[4] B2011f 134.
[5] S1998s.
[1] Atribui o conceito de ideias inatas aos pitagóricos /Pitagorismo/ e a Sócrates: A2014m.
[2] Isto eu não entendi: Descartes “usou cera para mostrar que os nossos sentidos dependem apenas da ideia de propriedades, e não de ideias de objetos” (f.: A2014m 154).
[3] f. pr.: G99e.
[4] B2011f 134.
[5] S1998s.
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