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Leibniz


vb. criado em 22/08/2014, 10h34m.

1646-1716. Matemático. Origem do sistema numérico binário. Matemática divina que explica tudo [1]. Princípio da continuidade: a natureza não faz saltos (”nature makes no leaps”) [5].

Metafísica, filosofia: Deus criou o mundo à semelhança de um organismo perfeito, o melhor dos mundos possíveis. “Deve haver razão suficiente na escolha de Deus entre um universo e outro”. Deus permite a existência do sofrimento como estágio para um bem superior [1].

Mônadas. O universo é composto de substâncias simples, individuais. Cada mônada está isolada de todas as outras, e cada uma contém uma completa representação de todo o universo em seu estado passado, presente e futuro. Essa representação está sincronizada entre todas as mônadas, de modo que cada uma delas tem o mesmo conteúdo. Deus criou o universo assim, num estado de harmonia preestabelecida. “Cada substância singular exprime todo o universo à sua própria maneira”. Essa teoria concebe espaço e tempo como um sistema de relações, em vez dos absolutos da física de [Newton] [3]. Todas as mônadas tem percepção (consciência) mas só as mônadas racionais tem apercepção (autoconsciência) [5].

Epistemologia: Porque nunca paramos de buscar respostas para as questões essenciais? Princípio da razão suficiente: para cada Verdade deve haver uma explicação suficiente sobre porque algo é assim e não de outro modo [1].

Parece criar uma 3ª corrente no debate Racionalismo/Empirismo. Há dois tipos de verdade, verdade de razão e verdade de fato. Cada coisa individual tem um conceito ou noção a ela associado. Essa noção contém em si tudo que é verdadeiro sobre a coisa, incluindo suas relações com as outras coisas. Como tudo no universo está conectado, cada noção se conecta a outras, de modo que é possível rastrear essas conexões e descobrir verdades sobre o universo por meio da razão. Daí surgem as verdades de razão. A mente humana é limitada, daí que a maioria das verdades vêm da experiência, são as verdades de fato [3].

Verdades de razão: surgem quando a análise é finita, e podemos atingir a verdade final. Verdades de fato: quando a análise é infinita a razão não alcança a verdade final, e dependemos da experiência [3] (v. nota a). As verdades de fato são contingentes (podem ser contestadas, mesmo à custa de erro de fato, sem incidir numa contradição em termos), e as de razão são necessárias, isto é, impossíveis de contradizer [3]. As verdades de razão baseiam-se no princípio da não-contradição, e as de fato no princípio da razão suficiente, que tem sua raiz no intelecto divino e cuja expressão mais importante é a lei de causalidade [5].

(a) Todavia ^ diz que se tivessemos capacidade infinita de raciocínio, como deus, poderíamos, como ele, ter acesso a todas as verdades por meio da razão. De forma que o que define se uma verdade é de fato ou de razão não é a essência dela mesma, mas o método como chegamos a ela. De modo que dividi-las em necessárias e contingentes é contraditório [3] [4].

Comentários. Voltaire escribe “Cándido” o “El optimismo”. Aquí, lo que hace Voltaire es poner un personaje al que llama doctor Pangloss. Este doctor Pangloss encarna una concepción del filósofo Leibniz acerca del mejor de los mundos posibles. Leibniz había razonado muy simplemente del siguiente modo: Dios se había puesto a elegir mundos. De todos los mundos posibles Dios eligió el mejor para nosotros o sea, que este con todas las imperfecciones que tiene, es, de todos modos el mejor de los mundos posibles que Dios eligió para nosotros. De aquellos que tienden a justificar las situaciones de hecho aun cuando son atroces (se diz) que son panglosianos [2].


Notas e adendos:

[1] V2013g.

[2] Feinmann.

[3] B2011f.

[4] Kant refina essa ideia falando de afirmações analíticas e sintéticas (B2011f (137)).

[5] “Leibniz, Gottfried Wilhelm, Baron von.” The Columbia Encyclopedia, 6th ed.. 2014. Retrieved April 07, 2015 from Encyclopedia.com: http://www.encyclopedia.com/doc/1E1-Leibniz.html.