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Berkeley


vb. criado em 20/08/2014, 22h06m.

resumo: 1685-1753. “Ser é perceber ou ser percebido†[1]. Antes de decidir entre Empirismo ou Racionalismo, é preciso saber se existe matéria. ^ criou o Imaterialismo, que leva o empirismo às últimas consequências: nada garante a existência daquilo que não podemos perceber [2].

Ontologia. Epistemologia. Monismo. Só há uma Substância, e é a Mente, ou o pensamento, em vez da [Matéria] (â€não existe essa coisa que os filósofos chamam de substância materialâ€). O mundo consiste só em mentes que percebem, e suas ideias. Tudo a que temos acesso são nossas percepções, e são ideias, ou representações mentais.

^ Parte da idealidade das senso-percepções, ou ubiquidade das ideias, de Locke: todo conhecimento deriva dos cinco sentidos externos ou do sentido interno de reflexão. Mas sob um ponto de vista psicológico tanto sensações quando conceitos localizam-se na mente. Logo, mesmo as sensações são ideais, como imagens que re-presentam objetos externos. Daí ^ extrai como consequência a imaterialidade de toda realidade (foi o 1º a negar a realidade material): se toda evidência da existência de um objeto é ser percebido, então a existência consiste em ser percebido ou perceber, e, assim, mentes e ideias constituem a realidade [4].

As coisas que não são perceptoras só existem na medida em que são percebidas. Mas tudo continua existindo quando não há ninguém olhando, porque Deus percebe tudo o tempo todo.

Solipsismo. Cada um está preso ao seu mundo individual, apartado dos mundos das outras pessoas. A única coisa que posso ter certeza de que existe sou eu.

Religião, Teologia. A coincidência entre Materialismo e Ateísmo foi afirmada por ^, que, precisamente por força dessa coincidência, foi induzido a sustentar a irrealidade da matéria. Se se admitir que a matéria é real, a existência de Deus será inútil, porque a própria matéria vem a ser a causa de todas as coisas e das idéias que estão em nós. A existência da matéria é o principal fundamento do ateísmo, do Fatalismo e da própria idolatria [3]. Com efeito toda a ~f de ^ depende da existência de um Deus onipresente [1].


Notas e adendos:

[1] f. pr.: B2011f. M.c. sobre essa frase: o que é percebido vira ideia, ou seja, passa a existir; o que percebe, se auto-percebe, portanto é a ideia de si-mesmo, uma ideia, uma existência. Ou, por outra, a auto-existência é a única ideia que se pode ter sem uso dos sentidos externos (argumento do Homem voador).

[2] V2013g.

[3] A2007d.

[4] “George Berkeley.†Encyclopedia of World Biography. 2004. Retrieved April 10, 2015 from Encyclopedia.com: http://www.encyclopedia.com/doc/1G2-3404700605.html.