Adorno
vb. criado em 10/09/2014, 21h26m.
'Minima moralia', 1951: a noção de totalidade foi no passado parte de uma ~f libertária, mas no presente foi absorvida num sistema social totalizante, que é real ou potencialmente autoritário. Contra isso devemos, em vez de buscar conhecimento, enfatizar o paradoxo e a ambiguidade. Temporariamente, pelo menos, a verdade precisa repousar na experiência individual [4]. 'Dialética negativa', 1966: sistemas fechados são fadados a falhar, por causa da vitalidade e intratabilidade da razão [6]. Metafilosofia: a função da ~f é encontrar um sentido para a totalidade da experiência humana [6].
'Dialética do Iluminismo', 1947: define Iluminismo (abr. loc.: ~i) como desmitologização [5], traçando o processo de domesticação da natureza na civilização ocidental. Em nome do ~i desenvolveu-se uma civilização (abr. loc.: ~c) tecnológica que aparta o homem da natureza; essa civilização tornou-se uma causa de desumanização arregimentação na sociedade moderna. Nessa ~c a razão é tida principalmente como instrumento para controlar a natureza e, subsequentemente, as pessoas, e não para incrementar a dignidade e originalidade humanas. O ~i levou ao Positivismo e à identificação da inteligência com o que é hostil ao espírito [6].
Ética. ”A capacidade de julgar é medida pela firmeza do eu”. “A inteligência é uma categoria moral”. O bem envolve nosso ser inteiro, sentimento e entendimento. Atos perversos são fruto de insuficiência de sentimento mas também de entendimento [3]. Quando o último traço de emoção for eliminado da mente, não restará nada para pensarmos. Eliminar a emoção não beneficia a inteligência. As ciências, por isso, têm um efeito tão desumanizador quanto a cultura de massa [2].
“Tempo livre”, 1969: lazer, o privilégio de um estilo de vida irrestrito e confortável, não é o mesmo que tempo livre, que só existe na forma de tempo gasto quando não estamos trabalhando. Por conta do compromisso inerente das pessoas com os valores trabalhistas, “o contrabando de modos de comportamento apropriados ao trabalho, que não permite que as pessoas saiam do seu domínio, está se infiltrando no reino do tempo livre”, que, por isso, “nada mais é que a continuação simbólica da nossa labuta”.
Notas e adendos:
[1] V2013g.
[2] B2011f.
[3] Sócrates já enfatizava que o vício não passa de ignorância, pois ninguém pode fazer o mal voluntariamente, logo a virtude supõe o conhecimento racional do bem, razão pela qual se pode ensinar. Talvez a novidade do pensamento de ^ seja incluir o sentimento como parte da equação da virtude.
[4] Gordon Marshall. “Adorno, Theodor Wiesengrund.” A Dictionary of Sociology. 1998. Retrieved May 11, 2015 from Encyclopedia.com: http://www.encyclopedia.com/doc/1O88-AdornoTheodorWiesengrund.html.
[5] V. A passagem do mito ao logos, que descreve em termos de certa forma paralelos o surgimento da ~f na Grécia.
[6] “Theodor W. Adorno.” Encyclopedia of World Biography. 2004. Retrieved May 11, 2015 from Encyclopedia.com: http://www.encyclopedia.com/doc/1G2-3404700064.html.
[7] Apud este artigo, que quer explicar porque jogos que simulam trabalho são populares.
Páginas que tratam do tema ^: