Seis sábios vendados
vb. criado em 13/05/2015, 21h55m.
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Na volta os sábios vão, um a um, entrevistar-se com o rei para descrever a tal arma que apalparam. O primeiro diz: “Majestade, trata-se de um cilindro alto, grosso, áspero, como um tronco de palmeiraâ€. O segundo: “Majestade, é uma folha triangular larga, grande e fina, resistente mas flexÃvel, me fez pensar na asa de um morcego giganteâ€. O terceiro: “é ridÃculo, é só um chicotinho do diâmetro do meu polegar, curto e maleável, com uns pelinhos numa pontaâ€. O quarto: “trata-se, meu rei, de um tambor enorme, rombudo, revestido por couro, suspenso horizontalmente no ar, com coisas borbulhando lá dentroâ€. O quinto: “é um tipo de mangueira mais comprida que minha altura, grossa como meu braço, flexÃvel e balançante, com dois furos úmidos na pontaâ€. E o último: “é um cone de cerca de um metro de altura por um de diâmetro na base, feito de uma pasta macia, morna, de odor forte e sabor desagradávelâ€.
O rei, que não era muito afeito a filosofias, mandou executar os seis sábios, e ficou sem saber que a arma do vizinho era um elefante. O primeiro sábio só apalpara a perna do bicho, o segundo a orelha, o terceiro a cauda, o quarto a barriga, o quinto a tromba. O sexto não chegou até o elefante, tropeçou antes [1].
[1] Esta é uma livre adaptação de uma parábola que já aparecia no Rigveda (cerca de mil anos a.C.), e pode ser ainda mais antiga (veja aqui).
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