Estoicismo

vb. criado em 05/06/2013, 21h22m.

>> Roteiro de estudo de filosofia: ant.: Epicurismo, próx.: Hedonismo. V., para comparação, Epicurismo

Bio: Zenão (mais conhecido como Zenão de Cítio, 333-263 a.C.). Não confundir com Zenão de Eléia, pré-socrático famoso pelos paradoxos. Materialismo, Monismo, Panteísmo. Stoà poikilé, pórtico onde Zenão se reunia com seus discípulos [1].

Metafísica. Teologia. O universo é uma estrutura racionalmente organizada, uma razão universal (Logos) governa tudo. A natureza cósmica e Deus são sinônimos, e são agentes racionais, como o homem. O [Fogo] é o Arké [1].

Ética, Sentido da vida. Os homens se dividem entre os sábios, que são indiferentes a tudo exceto a sabedoria, e os tolos [4]. O homem pode alcançar a sabedoria se harmonizar sua racionalidade com a Natureza. O verdadeiro bem pode apenas consistir em virtude. Viver de acordo com a razão, indiferente a desejos e liberto das quatro paixões (o prazer, a aversão, o desejo e o medo [5]). O ser humano atinge a plenitude e a Felicidade quando abandona todas as paixões terrenas, contrariedades, aborrecimentos e desassossegos. A única forma de viver sem essas contrariedades é viver em Ataraxia ou apatia, ou seja, abandonado ao destino, impassivelmente, nada receando e nada esperando. Alegrias e infortúnios devem ser igualmente aceitos, porque seguem o ritmo natural do universo. O fundamental para a Felicidade é a Virtude, que consiste na compreensão moral do valor das coisas [5].

O objetivo da vida é viver de acordo com a natureza. Ética hedonista /v. Hedonismo/ e agnóstica [2].

Felicidade: diverge do Epicurismo por entender que a virtude, e não o prazer, constitui o bem supremo; e o princípio-chave do universo é a lei racional da natureza, e não e o movimento aleatório dos átomos.

O cosmos é governado por leis naturais, que o homem é impotente para mudar. Deve desfrutar dos benefícios e aceitar a crueldade e injustiça inerentes. O homem tem Livre-arbítrio. Pode escolher tornar-se indiferente à dor e ao prazer [2].

Não está claro se o ^ é fatalista /v. Fatalismo/. Alguns autores do ^ dizem que o propósito divino será cumprido independentemente das intenções humanas. Outros enfatizam o aprendizado e a libertação das paixões, indicando que alguns eventos são delegados a agentes individuais [3].

Seguidores: Panécio de Rodes, Posidônio de Apaméia, Musônio Rufo, Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio, Cleantes e Crisipo, Cícero, Epicteto [1]. Escola muito popular no Império Romano (Sêneca; também as “Meditações” de Marco Aurélio tratam dela). Influenciada pelo (ou baseada no) Cinismo [2].