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Buda





Religião. Sidarta Gautama (c.563 a.c.-483 a.c.). Não era profeta ou messias, nao chegou às suas ideias por meio de revelação, mas pela reflexão.

Deve haver um caminho do meio, entre a autoindulgência e a automortificação, que conduz à felicidade verdadeira, que é a iluminação.

O sofrimento é universal (1ª grande verdade, dukka), parte indissociável da existência. É causado pela frustração dos nossos desejos/apegos (2ª grande verdade, samudaya).

A causa dos apegos é o egoísmo, entendido como autoapego. Para livrar-se dos apegos é preciso renunciar não só às coisas que desejamos, mas ao próprio vínculo com aquilo que deseja, o eu (3ª grande verdade, nirodha).

A 4ª grande verdade (magga) é o caminho óctuplo, um código de vida. [Dharma]: ensinamentos do Buda. Ação correta, intenção correta, modo de vida correto, esforço correto, concentração correta, fala correta, compreensão correta, consciência correta.

O objetivo final é encerrar o ciclo de sofrimento (nascimento, morte e renascimento).

Nirvana. Antes entendido como tornar-se uno com Deus. Para Buda, entretanto (que não falava de Deus), é o estado eterno e imutável de não ser, a libertação final do sofrimento da existência.

O nirvana é, literalmente, extinguir-se, pela erradicação do karma e do desejo. A ideia central é o anatman, rejeição da noção hinduísta de atman, segundo a qual existe um ego permanente e essencial que é uno com a realidade última. (f.: 1001).

f. pr.: B2011f. A segunda imagem no alto é da obra de Odilon Redon, “O Buda”.